Nos últimos anos, o termo holding tem ganhado destaque entre empresários e investidores que buscam organizar seus bens, proteger o patrimônio e pagar menos impostos de forma legal.
A estrutura é amplamente utilizada por grandes grupos empresariais, mas também vem sendo adotada por famílias e pequenos empreendedores que desejam profissionalizar a gestão dos seus negócios.
Mesmo sendo uma estratégia consolidada, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o que é uma holding, quais são seus tipos e quais vantagens ela oferece.
Neste artigo, a Santos Contabilidade Digital explica como funciona esse modelo e por que ele pode ser uma excelente ferramenta de planejamento societário, patrimonial e tributário.
O que é uma holding
O termo holding vem do inglês “to hold”, que significa reter, controlar ou administrar. Na prática, trata-se de uma empresa criada com o objetivo principal de possuir e gerir participações em outras empresas.
Ao contrário de uma empresa comum, que atua na produção de bens ou prestação de serviços, a holding tem função administrativa, patrimonial ou estratégica, concentrando o controle de outras sociedades, bens ou investimentos.
Na prática, isso significa que uma holding pode deter quotas, ações, imóveis, marcas e até participações em startups, funcionando como uma “empresa-mãe” de um grupo. Essa estrutura permite centralizar a gestão, facilitar o controle financeiro e otimizar os tributos de maneira legal e planejada.
Tipos de holding
As holdings podem ser classificadas de acordo com o seu propósito. Conhecer os tipos existentes ajuda o empresário a definir qual modelo melhor se adapta à sua realidade e aos seus objetivos.
1.Holding pura
A holding pura é aquela criada exclusivamente para controlar outras empresas. Ela não realiza atividades operacionais, apenas administra as participações societárias, decidindo sobre dividendos, lucros e estratégias do grupo.
Esse modelo é muito usado em grupos familiares ou conglomerados empresariais, onde é necessário centralizar o poder de decisão.
2.Holding mista
A holding mista exerce dupla função: além de controlar outras empresas, também realiza atividades operacionais.
Por exemplo, uma holding pode controlar duas lojas e, ao mesmo tempo, oferecer serviços administrativos ou de consultoria. Esse formato é comum em grupos que buscam unir eficiência operacional e gestão centralizada.
3.Holding patrimonial
A holding patrimonial é utilizada para organizar e proteger o patrimônio familiar ou empresarial. Nela, os bens, como imóveis, veículos e investimentos, são transferidos para o CNPJ da holding, que passa a ser a proprietária legal.
Esse modelo é muito vantajoso para evitar disputas familiares, facilitar o inventário e reduzir custos com ITCMD e ITBI em casos de sucessão.
4.Holding familiar
A holding familiar é um tipo específico de holding patrimonial voltada à organização dos bens e direitos de uma família.
Ela permite que pais, filhos e herdeiros participem da empresa de forma planejada, definindo regras de administração, retirada de lucros e sucessão.
Além de prevenir conflitos, a holding familiar traz economia tributária e estabilidade na gestão do patrimônio.
5.Holding administrativa
A holding administrativa tem como função gerir e controlar as operações de outras empresas do grupo, podendo centralizar setores como financeiro, contábil, jurídico e de recursos humanos.
Esse modelo é bastante utilizado por empresários que possuem várias empresas e desejam reduzir custos e otimizar a gestão corporativa.
Vantagens de ter uma holding
A criação de uma holding oferece uma série de benefícios tanto no campo tributário quanto na gestão e na proteção patrimonial.
A seguir, destacamos as principais vantagens.
1. Planejamento tributário eficiente
Uma das maiores vantagens de uma holding é a redução da carga tributária. Isso acontece porque, ao organizar a estrutura do grupo empresarial, é possível distribuir lucros, ganhos de capital e dividendos com menor tributação.
Empresas no Lucro Real ou Presumido podem se beneficiar da centralização contábil, evitando bitributação e aproveitando deduções fiscais de forma estratégica.
Além disso, a holding facilita o planejamento sucessório, reduzindo o impacto de impostos como o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação).
2. Proteção patrimonial
A holding é uma excelente ferramenta para blindagem patrimonial, pois separa o patrimônio pessoal dos sócios dos riscos da atividade empresarial.
Se uma empresa controlada tiver dívidas ou ações judiciais, o patrimônio da holding e dos sócios permanece protegido, desde que a estrutura seja criada de forma correta e dentro da legalidade.
Essa separação é especialmente importante para profissionais liberais, empresários e investidores que desejam proteger seus bens de possíveis imprevistos.
3. Facilidade na sucessão familiar
Com uma holding familiar, é possível definir as regras de sucessão em vida, evitando longos e caros processos de inventário.
O empresário pode distribuir quotas entre os herdeiros e estabelecer cláusulas de administração, usufruto e venda, garantindo que o patrimônio permaneça protegido e a gestão continue de forma harmoniosa.
Essa estrutura oferece segurança jurídica e economia, já que os bens não precisam ser transferidos individualmente após o falecimento, reduzindo a burocracia e os custos tributários.
4. Melhoria na gestão empresarial
A centralização de decisões e recursos em uma holding torna a gestão mais profissional e eficiente.
A empresa-mãe pode controlar o fluxo financeiro das controladas, padronizar processos administrativos e acompanhar indicadores de desempenho.
Além disso, a contabilidade e a gestão fiscal se tornam mais organizadas, permitindo análises consolidadas e melhor planejamento estratégico.
5. Redução de custos e burocracia
Quando bem planejada, a holding também permite reduzir custos operacionais, unificando funções administrativas e contábeis.
Em vez de cada empresa ter sua própria estrutura de gestão, é possível concentrar tudo em uma única controladora, ganhando eficiência e diminuindo despesas com tributos e folha de pagamento.
6. Atração de investidores e valorização do negócio
Para empresas que desejam crescer ou buscar investimentos, a holding é um modelo societário mais atrativo. Investidores preferem negócios com governança clara, gestão profissionalizada e estrutura jurídica sólida.
Além disso, a holding facilita a entrada e saída de sócios, permitindo reorganizações sem grandes impactos fiscais.
Quando vale a pena criar uma holding
Nem toda empresa precisa de uma holding, mas ela é recomendada em alguns cenários específicos:
- Quando o empresário possui diversas empresas e deseja centralizar a administração;
- Quando há patrimônio considerável, composto por imóveis, aplicações e negócios;
- Quando há preocupação com sucessão familiar e proteção patrimonial;
- Quando o grupo busca reduzir a carga tributária de forma estruturada e legal.
Antes de criar uma holding, é essencial avaliar o objetivo principal da estrutura e realizar um planejamento contábil e jurídico detalhado.
A orientação de profissionais especializados garante que a operação traga benefícios reais e não gere riscos fiscais.
O papel da contabilidade digital na gestão da holding
A criação e manutenção de uma holding exigem acompanhamento contábil contínuo e estratégico. Com a contabilidade digital, todo o processo se torna mais ágil, transparente e integrado.
A Santos Contabilidade Digital utiliza tecnologia e expertise para estruturar holdings familiares e empresariais, oferecendo serviços como:
- Planejamento tributário personalizado;
- Constituição e regularização da holding;
- Gestão contábil e societária integrada;
- Suporte em reorganizações e sucessões patrimoniais;
- Relatórios financeiros consolidados em tempo real.
Com uma contabilidade moderna e consultiva, o empresário tem acesso a informações precisas para tomar decisões inteligentes, proteger o patrimônio e otimizar a carga tributária.
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