A carreira de um médico oferece inúmeras possibilidades de atuação, desde o trabalho em hospitais e clínicas até o atendimento particular.
No entanto, um ponto importante que impacta diretamente nos ganhos é a forma de tributação. Muitos profissionais ficam em dúvida entre permanecer como médico autônomo (pessoa física) ou abrir um CNPJ e atuar como pessoa jurídica (PJ).
Essa escolha influencia diretamente na carga tributária, na organização financeira e até nas oportunidades de trabalho.
Neste artigo, a Santos Contabilidade Digital explica as diferenças entre atuar como autônomo e PJ, mostrando vantagens, desvantagens e quando cada modelo pode ser mais vantajoso.
Índice
ToggleComo funciona a tributação do médico autônomo?
O médico autônomo é aquele que presta serviços sem ter um CNPJ, atuando como pessoa física.
Nessa modalidade, o profissional pode atender em consultórios próprios, clínicas ou até realizar atendimentos domiciliares, mas precisa emitir recibos para comprovação de renda.
A tributação como pessoa física é baseada no Imposto de Renda (IR), com alíquotas progressivas que podem chegar a 27,5% dos rendimentos.
Base de cálculo | Alíquota | Parcela a deduzir |
Até 2.259.20 | Isento | Isento |
De 2.259,21 até 2.826,65 | 7,50% | R$ 169,44 |
De 2.826,66 até 3.751,05 | 15% | R$ 381,44 |
De 3.751,06 até 4.664,68 | 22,50% | R$ 662,66 |
Acima de 4.664,68 | 27,50% | R$ 896,00 |
Além disso, o autônomo deve recolher:
- Contribuição ao INSS como contribuinte individual, com alíquota de 20% sobre o valor declarado, respeitando o teto previdenciário;
- ISS (Imposto Sobre Serviços), que pode ser exigido em alguns municípios, variando entre 2% e 5%.
Essa carga tributária elevada é um dos principais motivos pelos quais muitos médicos optam por abrir um CNPJ.
Como funciona a tributação do médico PJ?
O médico PJ é aquele que formaliza sua atividade como pessoa jurídica, abrindo um CNPJ para prestar serviços. Essa modalidade é cada vez mais comum, pois além de permitir a emissão de notas fiscais, oferece benefícios tributários significativos.
Atuando com um CNPJ, o médico pode escolher entre dois principais regimes tributários:
- Simples Nacional: Ideal para quem ainda não possui um volume de recitas muito elevado. A alíquota inicial pode ser de apenas 6% sobre o faturamento do profissional.
- Lucro Presumido: Indicado para clínicas maiores ou médicos com faturamento elevado. A tributação é fixada entre 13,33% e 16,33% sobre a receita, dependendo do município e serviços prestados.
Além disso, o médico PJ pode retirar pró-labore e distribuir lucros, sendo que a distribuição de lucros é isenta de Imposto de Renda, o que aumenta ainda mais a economia tributária.
Vantagens de ser médico PJ
Não tenha dúvidas, existem muitas vantagens relacionadas a decisão de ser médico PJ, e por sinal, é justamente por isso, que um número cada vez maior de profissionais toma essa decisão.
- Redução significativa de impostos em comparação à pessoa física;
- Possibilidade de emitir notas fiscais, essencial para firmar contratos com hospitais e clínicas;
- Acesso a crédito empresarial com melhores condições;
- Separação entre patrimônio pessoal e empresarial;
- Melhor planejamento tributário, aumentando a rentabilidade.
Diante disso, se você deseja pagar menos impostos e ao mesmo tempo, abrir caminho para o seu crescimento profissional, um CNPJ é a escolha certa!
Médico autônomo ou PJ: qual paga menos imposto?
Quando se compara a carga tributária, a diferença é expressiva.
- Médico autônomo: pode pagar até 27,5% de IR + INSS, dependendo da renda.
- Médico PJ no Simples Nacional: Paga alíquota inicial de 6% sobre o faturamento, podendo chegar a 19,5% em faixas mais altas.
- Médico PJ no Lucro Presumido: A tributação varia entre 13,33% e 16,33%, ainda menor que como pessoa física.
Quando vale a pena abrir CNPJ?
Abrir um CNPJ quase sempre é vantajoso para médicos que, se enquadram em ao menos uma das situações abaixo:
- Possuem faturamento mensal acima de R$ 5 mil;
- Atendem hospitais, clínicas e convênios que exigem nota fiscal;
- Querem pagar menos impostos de forma legal;
- Desejam maior controle financeiro e segurança jurídica;
- Pretendem expandir o consultório e contratar equipe.
Mesmo médicos que ainda não possuem um faturamento elevado podem se beneficiar da formalização, pois o CNPJ abre portas para novos contratos e oportunidades.
Qual é a melhor opção: autônomo ou PJ?
Não existe uma resposta única, pois a escolha depende do perfil do médico, do faturamento e da forma de atuação. Para quem está começando e atende poucos pacientes, o modelo autônomo pode ser suficiente.
Já para quem possui uma agenda cheia, presta serviços para clínicas e hospitais e deseja reduzir impostos, atuar como PJ é quase sempre a melhor escolha.
A decisão deve ser feita com base em uma análise tributária individual, considerando todas as variáveis.
O papel da contabilidade na escolha do melhor modelo
Independentemente da escolha, contar com o suporte de uma contabilidade especializada em profissionais da saúde é essencial. Um contador experiente:
- Analisa o regime tributário mais vantajoso;
- Faz o planejamento tributário para reduzir impostos;
- Auxilia na abertura e regularização do CNPJ;
- Garante que todas as obrigações fiscais sejam cumpridas;
- Oferece suporte para organizar as finanças e aumentar os lucros.
Com a orientação correta, o médico consegue pagar menos impostos e ter muito mais tranquilidade para se dedicar ao que realmente importa: seus pacientes.
Conclusão
A decisão entre atuar como médico autônomo ou PJ deve ser baseada em uma análise cuidadosa do faturamento, das oportunidades de trabalho e da carga tributária.
Na grande maioria dos casos, abrir um CNPJ é a opção mais vantajosa, pois garante economia significativa de impostos, organização financeira e acesso a novas possibilidades profissionais.
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