O Simples Nacional é, sem dúvida, o regime tributário mais popular entre micro e pequenas empresas no Brasil. Ele simplifica o pagamento de impostos, reduz burocracias e facilita o início da jornada empreendedora.
No entanto, chega um momento em que continuar no Simples Nacional pode deixar de ser vantajoso, e a empresa começa a perder competitividade, pagar mais tributos do que deveria ou enfrentar limitações que freiam o crescimento.
Saber exatamente quando é hora de sair do Simples Nacional é uma decisão estratégica e muitas vezes complexa, que exige análise, planejamento e apoio de uma contabilidade especializada, como a Santos Contabilidade Digital.
Neste artigo, você vai entender os sinais mais importantes, os riscos de permanecer no regime inadequado e como fazer uma migração segura para o Lucro Presumido ou Lucro Real.
Por que muitas empresas começam pelo Simples Nacional?
Antes de falar sobre o momento de sair, é importante lembrar por que o Simples Nacional é tão escolhido por empreendedores iniciantes. Ele oferece benefícios como:
- Guia única de pagamento (DAS);
- Alíquotas iniciais reduzidas;
- Menos obrigações acessórias;
- Processo simplificado de abertura e manutenção do negócio;
- Regras que favorecem empresas com baixo faturamento e estrutura enxuta.
No começo da operação, esses fatores ajudam a empresa a organizar suas finanças e focar no crescimento. O problema é que, conforme o volume de vendas aumenta, o Simples pode deixar de combinar com a realidade da empresa.
Sinal 1: Sua empresa está perto de ultrapassar o limite de faturamento
O Simples Nacional é limitado a empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Isso significa que, se sua empresa está crescendo e o faturamento já ultrapassa os R$ 300 mil – R$ 350 mil por mês, é preciso tomar muito cuidado.
Ao ultrapassar o limite, a empresa é automaticamente excluída. Além disso, empresas que vendem muito próximo desse valor vivem “no limite”, sem margem para aumentar vendas ou aproveitar oportunidades de mercado.
Se sua empresa está nessa faixa, é hora de conversar com seu contador e planejar a migração para o Lucro Presumido ou Lucro Real.
Sinal 2: As alíquotas efetivas do Simples estão ficando muito altas
Um dos erros mais comuns é olhar apenas a alíquota da tabela, sem considerar o valor a deduzir e o cálculo da alíquota efetiva.
Empresas de serviços, podem facilmente ter uma alíquota efetiva maior que a do Lucro Presumido. Por exemplo:
- Serviços no Anexo III iniciam com 6%, mas podem ultrapassar 19% conforme o faturamento aumenta.
- No Lucro Presumido, dependendo do tipo de atividade, as alíquotas totais giram entre 13,33% e 16,33%.
Sendo assim, empresas que acreditam estar “economizando” no Simples, muitas vezes estão pagando mais imposto do que deveriam.
Se a alíquota efetiva do seu negócio está subindo demais, esse é um forte indicativo de que o Simples Nacional deixou de ser vantajoso.
Sinal 3: A sua atividade não se enquadra adequadamente no Simples Nacional
Algumas atividades, mesmo que sejam permitidas no regime, não encontram no Simples a melhor alternativa tributária.
Casos comuns incluem:
- Empresas de tecnologia;
- Profissionais de saúde com faturamento médio alto;
- Prestadores de serviços com baixa folha de pagamento (que acabam no Anexo V);
- Empresas com margens pequenas, mas faturamento relativamente alto;
- Franquias e negócios com alto volume de compras.
Nesses casos, o cálculo é claro: o Lucro Presumido costuma oferecer um cenário mais favorável.
Sinal 4: Sua folha de pagamento não atinge o Fator R
Empresas enquadradas nos anexos III ou V dependem do famoso Fator R, que determina se a alíquota será menor ou maior.
O Fator R exige que a folha (incluindo pró-labore) represente 28% ou mais do faturamento.
Quando a empresa não atinge essa proporção, ela cai no Anexo V — o que pode mais do que dobrar a carga tributária mensal.
A longo prazo, isso inviabiliza a permanência no Simples Nacional.
Sinal 5: A empresa deseja reduzir custos operacionais e aumentar competitividade
Empresas que crescem percebem que o Simples Nacional pode ter limitações, como:
- Impossibilidade de aproveitar créditos de PIS/COFINS;
- Impossibilidade de usar crédito tributário nas compras;
- Dificuldade de competir com empresas de fora do regime;
- Menor capacidade de planejamento tributário sofisticado.
Se sua empresa está buscando margens maiores, expansão e operações mais robustas, o Lucro Presumido ou o Lucro Real oferecem mais possibilidades.
Sinal 6: A empresa trabalha com margens reduzidas
Negócios que trabalham com margens pequenas — como comércio, distribuidoras, alimentação e serviços específicos — podem ser extremamente prejudicados no Simples.
Isso acontece porque o regime aplica alíquotas sobre o faturamento, e não sobre o lucro. Se os custos são altos, o imposto continua elevado.
No Lucro Real, por exemplo, impostos incidem sobre o lucro apurado, o que pode ser vantajoso em setores com margens apertadas.
Como sair do Simples Nacional com segurança
Migrar para outro regime não é algo que deve ser feito por conta própria. Uma mudança mal executada pode gerar:
- Autuações;
- Débitos fiscais;
- Perda de benefícios;
- Tributos pagos a mais;
- Erros na classificação contábil.
Por isso, o ideal é contar com uma contabilidade especializada, como a Santos Contabilidade Digital, que realiza:
- Análise completa do histórico da empresa;
- Simulação comparativa entre Simples, Presumido e Real;
- Avaliação de riscos e oportunidades;
- Planejamento tributário personalizado;
- Estratégia de transição para o novo regime;
- Adequação dos sistemas e obrigações acessórias.
Com um bom planejamento, a migração acontece de forma natural, segura e, principalmente, econômica.
Conclusão
A hora de sair do Simples Nacional não é igual para todas as empresas. Mas os sinais costumam ser claros: aumento da tributação, limite de faturamento, margens reduzidas, complexidade nas operações e desejo de crescimento.
Se sua empresa já apresenta algum desses sintomas, é hora de reavaliar o regime tributário e planejar a migração.
A Santos Contabilidade Digital está pronta para ajudar você a tomar a melhor decisão, garantindo uma transição segura, econômica e alinhada ao crescimento do seu negócio.
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